DO ALÉM
O ser chega sobre o morro
sem saber como, nem onde.
Não vê o seu bem querer.
Não sabe como viver!
Um simples ser
na militância da sua paisagem.
O seu ideal de conhecimento,
não permite a valorização dos afetos.
Seus olhos são para as coisas
da suposta objetividade.
Nada clareia a sua existência.
Sabe que a expressão
da constituição de um vértice,
refere-se à gênese dos seus amores.
Sua presença deu-se sobre o morro
da linda cidade Planície,
descida daquela nave
sobreposta na Mantiqueira.
Na consciência do pensamento,
não sabia ao certo,
se era deste Planeta
ou descido de algum asteróide.
Aqui chegou
sem saber
se sob a energia do amor
ou impulsionado pela dor.
Seria um resgate
de um passado distante
ou banido da dimensão
da poesia, sem cor,
do artista sofrido,
abduzido por um instante!...
foto e texto Zaciss