Ao poste da minha rua
Arranjei uma preguiça.
Andar pela única rua,
que caminha quase nua,
me deparo com o obsceno,
me emociona.
O velho poste,
cercado pelo veneno
da vaidade incompetente.
Entusiasmado,
o algoz contente
aplaude a obra insana.
Mão e contramão
saúdam os elefantes,
as tartarugas gigantes.
A engenharia
deu lugar a hipocrisia.
Na noite vazia...
Sorri o poste obsceno!