Vou me despindo
pelo caminho.
Deixando as vestes
perdidas ao relento.
Vou dançando
no tom
da rispidez do vento,
que não perdoa
o som da madrugada.
Pela longa estrada
balançam os sonhos
de menina
e tropeço nas pedras
que a água levou.
Sementes vão se espalhando,
luzes aparecendo,
a Lua se escondendo.
As vestes perdidas,
lentamente...
substituidas, não mais
cobrirão,
os amores perdidos
na solidão!