A imagem do sangue
mexe com a minha sensibilidade:
fico mole, tenho arrepeios,
arremedos de mortalidade.
Fui parar nos caminhos
da enfermagem,
sem saber o que seria
a minha responsabilidade.
Dezessete anos...
quanta gente por mim passou!
Enormes parcerias
encantaram a minha verdade.
Um dia, num momento de muita dor,
quando a morte
na minha frente atravessou,
quase sem compaixão,
ali estava a minha aluna,
para cuidar do meu corpo
e da minha emoção.
A menina enfermeira
lavou os meus pés,
curou minha feridas,
acaricou o meu coração,
devolveu o tom da minha vida.
Quando tudo voltou ao seu lugar,
prossegui na grande missão:
formar profissionais para a saúde.
Hoje, a doutora Enfermeira,
que um dia de mim cuidou,
educa profissionais,
para amainar a dor,
e acalentar ...
os corações abandonados.
Minha eterna gratidão!
Para a querida Enfermeira Valdelice.
31 anos se passaram...