Quero viver na planitude,
com toda plenitude,
numa viagem calorosa,
ao redor da desprezada orbe.
Nas curvas da estrada,
quero encontrar as retas,
e dialogar sobre a abóboda,
com o novo fenômeno epistemológico.
Se a Terra é plana,
a viagem do Sol
ao sorrir pela manhã,
a pino ao meio dia,
cobrirá as montanhas
soluçando em linha reta,
sem curvas,
sem horizonte,
sem amores atrás do monte.
A Lua, sua parceira,
romântica novidadeira,
escreverá novos romances,
sobre a planaTerra.
Mudanças nas crenças,
devem ser coisa de Urano,
com seus arroubos transformadores.
Plana ou não,
a Terra que habitamos,
lamenta os desamores.