Vou caminhando...
recebo a notícia: Mário está com dengue hemorrágica. No hospital, isolado, não pode receber nem a visita da mãe. O precário hospital recebe pacientes de muitas cidades. Poderia ser um hospital regional. Não é!
Mário perdeu muito sangue. Precisa de plaquetas. É urgente!
Alguém na gestão da saúde, parente de Mário, correu à cidade distante, conseguiu as nove bolsas de plaquetas. Chegou na madrugada. Mário está salvo!
É o início das notícias que ficavam escondidas a sete chaves.
A dengue se espalhou! Famílias e famílias são vítimas da perigosa doença.
Há quem conte seis membros de uma mesma família acometidos pela dengue.
O mosquitinho avança e está sorrindo. As estatísticas apontam para um aumento assustador.
De oitocentos e sessenta e seis pessoas no ano passado, para quatorze mil neste ano. Uma epidemia!
O que seria... falta de investimento em saneamento básico?
As políticas públicas contemplam preocupações com essas epidemias que vão e voltam?
E as Metas para a Educação?
Propaga-se o turismo. Pobre turista!
Seria a decadência da pseudo civilização?...
"Sobre o lado ímpar da memória
o anjo da guarda esqueceu
perguntas que não se respondem."
João Cabral de Melo Neto
Ah...quando os poderes governarão para o Homem livre e cuidado!
"A liberdade é uma luta constante!".
Conceição Evaristo