Sem muita esperança,
escondida no meu canto,
começo as andanças:
daqui prá lá...
de lá prá cá.
Visito as orquídeas,
passo pelo colibri.
Pelo caminho encontro...
o sabiá e o bem - te - vi.
O sorriso das gravuras
desenhadas lá no céu,
assopra divinos versos
no reverso ...
das andanças.
Visito as bananeiras,
as pitangueiras,
o pé de graviola.
Sabiás acompanham ao longe...
seus ninhos resistem ao tempo,
à espera da nova ninhada.
Jabuticabeiras esbajam sorrisos,
cobertas com as flores brancas.
Exalam o perfume preferido
das abelhas dançando ao léu.
As borboletas dançam de flor em flor,
exibindo suas cores.
As palmeiras altivas, verdes,
dão o tom à sinfonia dos amores,
entoada pela passarada,
que acompanha a minha andança,
para esconder-me do bichinho...
exterminador!