Num cantinho abandonado,
dormia o ovo esquecido.
Vivia meio cinza,
isolado.
O sol não chegava lá.
Dia e noite...
abafado.
A luz foi se abrindo,
despertou
o bichinho imanente.
O mundo ficou diferente.
O novo espantou o velho.
O raio de luz quis alcançar o sol.
Jogou fora o sentimento,
sem dó ou constrangimento.
A ética chorou pisoteada
e a alma rolou lágrimas
desengonçadas.
O silêncio tomou conta
dos passos avançados.
Os caminhos se fecharam.
A luz recolheu-se à sombra.
Com os novos horizontes,
o aceno gritou forte
para o resquício do passado.
Choram os versos.
Chora o retrocesso!
zaciss
Enviado por zaciss em 26/06/2020