Aceno ao memorial...
encontro largas pegadas
na areia quase movediça.
Espanto sonhos e abismos.
Encontro...
fortuitos caminhares
e o inquieto silêncio.
Levo nos ombros
as marcas das ranhuras
das armadilhas do tempo.
Nas esquinas das tocaias
surgem escombros
indecifráveis...
alguma sombra
à espreita do desatino.
No ritmo das inefáveis
lembranças...
caminho pela estrada
sem destino,
admirada de mim.
Sem trégua,
o espantado silêncio
perfuma a temperança
e a estrada sem destino!