Num dez de outubro... nascia o meu filho amado Antônio, primogênito.
O ato sublime da maternidade desafia mães a todo instante. O frágil bebê chegou em casa dez dias depois do nascimento através de cesariana. Sem direito à licença gestante, deixei o trabalho para cuidar do meu bebê.
Cresceu o menino, forte e destemido, justo, determinado, estudioso e dedicado. Pai amoroso de quatro filhos, entre trabalho e estudos, caminha lado a lado aos anseios de cada um da sua prole.
Anos mais tarde... num dia dez de outubro... chegou para o Antônio e a Gabi... a Madalena, a caculinha. A linda morena dos cabelos cacheados, companheira inseparável do papai.
A pandemia inseriu Madalena no mundo desconhecido do distanciamento social., do isolamento, do uso de máscaras, das perdas ...
A Escola não fez parte da sua vivência até bem pouco tempo.
Papai...com trabalho remoto, assumiu a tarefa de alfabetizar a filha. Outro grande desafio para quem nao recebeu a formação acadêmica para a missão importante dentro do novo contexto.
Madalena aprendeu ler, escrever e iniciou se nas ciências, nas matemáticas, na música, na poesia, nas artes plásticas...
Viajando durante longo trajeto com a vovó e o papai... de repente diz..." cansei! Não vou usar o cinto de segurança. "
Vovó diz...
" você precisa usar. É para a sua segurança. Você entendeu, Madalena? Compreendeu?".
Madalena, calmamente, responde... "entendo e compreendo, vou usar o cinto, mesmo não sabendo o que é compreender..."
Hoje...celebramos a Vida destas duas lindas Pessoas... meu Filho, minha Neta!
A Vida é bela...
enfeitada pelos meus Amores!
Gratidão!...
Arte...Tio GUTO.