Acompanhando os desastres sentidos com as chuvas, vi com os olhos que não quiseram entender... ações insólitas!
Bombeiros trabalhando no resgate das vítimas e uma multidão de voluntários participando do mutirão salva vidas, sem equipamentos de segurança (EPIs) e sem qualquer outra segurança. A terra removida do desmoranamento... retirada em baldes, de mão em mão, numa longa fila. Pessoas exaustas expostas às estratégias e ações primárias, perigosas.
A cidade sede do evento faz parte da região metroplitana de São Paulo.
O mercado financeiro, com todos os seus recursos, não estava ali. Empresas não se sensibilizaram para a oferta de equipamentos necessários para a proteção daqueles que buscavam salvar alguma vida. Vidas ceifadas em moradias na condição de alto risco, sem políticas públicas e olhares voltados para a pobreza, para crianças temerosas frente às intempéries.
Fico pensando... que mundo dual!
Vidas simples atingidas por uma tragédia não comovem os corações do capital. Alguma vítima poderia ser um possível funcionário desse mercado promotor dos lucros... sem proteção e sem emoção.
Dualidade...
tragédia da sensibilidade!