O cidadão todo religioso, caminhos sem curvas...olhares retos, discursos imperativos.
Chegava ao trabalho, todos os dias, cheio de conselhos e correções.
Casado, acima de sessenta anos, apenas um filho, também casado e um neto.
A matemática era a sua cartilha. Simplesmente... exato e voltado para as exatas.
Na Igreja... status de autoridade, mas autoridade religiosa leiga.
Sempre que alguma coisa o inquietasse, expressava o seu desejo de torna-se padre quando enviuvasse.
Um belo dia... chegou ao trabalho com semblante diferente.
Contava que um casal de namorados vivia seus amores dentro do carro, sob a árvore em frente a sua casa.
Sentindo-se ofendido pelo considerado pecado, logo pela manhã... levou a árvore ao chão.
A árvore cúmplice do pecado partiu... não se despediu!
Passados uns meses...
o homem...
também partiu.
Deixou a viúva.
Deixou a rua...
nua,
sem o sorriso da árvore e
o desassogo dos amores.